‘A escandalosa política grega da Europa’ no debate entre individualistas e comunitaristas

v. 5 n. 1 (2017) • Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea

Autor: Henrique Raskin

Resumo:

O presente trabalho busca estabelecer um vínculo entre o artigo publicado por Jürgen Habermas no jornal Le Monde, em 25 de junho de 2015, intitulado ‘A escandalosa política grega da Europa’ com sua consagrada obra, publicada em 1981, chamada Teoria do Agir Comunicativo. Para tanto, este texto insere a publicação sobre a crise europeia no debate contemporâneo entre individualistas e comunitaristas, constituindo um diálogo entre perspectivas diversas, presentes na obra de Hannah Arendt, de filósofos liberais e de outros denominados de comunitaristas, como Rousseau, Hegel e Marx. Por fim, mostra-se que o texto de Habermas do Le Monde é permeado por sua teoria social que estabelece uma relação entre o mundo da vida e os subsistemas da economia e da política. Contrário à perspectiva anti-modernista de Arendt, e à proposta de restrição conversacional presente na tradição liberal, que institui limites à natureza humana, Habermas tem claro que o problema da crise é institucional. Por isso, condena o modelo político que a União Europeia tem adotado, ao concebê-lo distinto da ética conversativa já trabalhada em sua obra. Dessa forma, são trabalhadas no artigo as diferentes concepções que buscam caracterizar o construto político de uma sociedade democrática, utilizando o artigo de Habermas, recentemente publicado, como a base de uma discussão central da contemporaneidade.

ISSN: 2317-957

Texto Completo: http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12578

Palavras-Chave: Ética conversativa, Teoria crítica, Democraci

Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea

A Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea caracteriza-se como um periódico digital, idealizado por um grupo de professores do Departamento de Filosofia da UnB (Universidade de Brasília), cujos interesses de pesquisa convergem para a interpretação e o debate dos pressupostos e dos desdobramentos históricos da tradição filosófica iniciada por volta do século XVII, centrada na discussão das faculdades do sujeito, dos modelos de organização política e social, dos valores e normas de conduta, assim como da natureza do belo e dos fundamentos da arte.

A Revista pretende ser um espaço de divulgação de estudos interpretativos e discussões acerca de temas, questões e autores de destaque na história da filosofia moderna e contemporânea. Neste sentido, ela se propõe a publicar artigos originais, bem como traduções e resenhas, relativos ao pensamento filosófico moderno e contemporâneo, redigidos em português, espanhol, francês, italiano, inglês e alemão, cujos autores sejam doutores, doutorandos ou mestres em filosofia (ou áreas afins).

Não será solicitado aos autores o pagamento de qualquer custo, referente tanto à submissão quanto ao processamento dos seus trabalhos.