Por que o pluralismo interessa à epistemologia?

v. 6 n. 1 (2018) Dossiê "O Homem e seus Mundos - Perspectivas Filosóficas e Científicas" • Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea

Autor: Valter Alnis Bezerra

Resumo:

Neste texto faz-se uma reflexão acerca do valor cognitivo do pluralismo, pensado tanto no âmbito do conhecimento científico quanto do conhecimento filosófico. Inicialmente, são apresentadas diferentes formas de pluralismo que caracterizam várias dimensões do conhecimento científico (com destaque para o pluralismo de temas científicos, de estilos de pensamento, de teorias, de metodologias, e de formas de racionalidade). Em seguida, são apresentados os contornos de um argumento visando estabelecer a importância do pluralismo como um valor do conhecimento científico, na medida em que, dentro de uma visão coerencial, o pluralismo seria conducente a uma maior robustez do conhecimento. Finalmente, procura-se transpor esse argumento para o âmbito do conhecimento filosófico, e estabelecer o pluralismo como um valor cuja realização seria desejável também em filosofia. Para possibilitar essa transposição entre domínios, faz-se necessário considerar o problema da distinção entre filosofia e ciência enquanto formas de conhecimento, bem como a suposta ausência de caráter empírico da filosofia. Procura-se dar conta de certas objeções de caráter geral à visão de conhecimento proposta, sustentando que uma realização em alto grau do pluralismo não conduz, necessariamente, nem à estagnação e ao conservadorismo, nem à fragmentação do conhecimento.

DOI: https://orcid.org/0000-0003-0759-3315

Texto Completo: http://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/20237

Palavras-Chave: Pluralismo,Robustez,Coerência,Valores cogniti

Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea

A Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea caracteriza-se como um periódico digital, idealizado por um grupo de professores do Departamento de Filosofia da UnB (Universidade de Brasília), cujos interesses de pesquisa convergem para a interpretação e o debate dos pressupostos e dos desdobramentos históricos da tradição filosófica iniciada por volta do século XVII, centrada na discussão das faculdades do sujeito, dos modelos de organização política e social, dos valores e normas de conduta, assim como da natureza do belo e dos fundamentos da arte.

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