AS MARCAS DA OPRESSÃO: A AUSÊNCIA DAS PENSADORAS NOS LIVROS DE FILOSOFIA À LUZ DO PENSAMENTO DE IRIS MARION YOUNG

Revista Ideação - V.1 N. 42 (2020) • Revista Ideação

Autor: Taís Pereira

Resumo:

O objetivo deste artigo é investigar a ausência das filósofas nos livros didáticos da área, voltados para o Ensino Médio, a partir do aporte conceitual da teoria da justiça de Iris Young. Ao percorrer livros de diferentes linhas filosófico-pedagógicas, verifica-se que não há lugar de destaque para as pensadoras, implicando a visão errônea entre os estudantes de que a Filosofia é realizada apenas por homens. Se se assume que a formação é constituída pelas interações sociais, marcadas por relações que promovem a justiça ou a injustiça, é também papel da educação desenvolver a conscientização acerca de diferentes formas de opressão enraizadas, como é o caso das mulheres. Assim, uma teoria cujo foco não seja as condições de legitimidade de instituições, como é o caso de Young, pode lançar luz sobre como a injustiça estrutural que permeia vários âmbitos da vida social, dentre eles o ensino de Filosofia na educação básica. A fim de melhor sistematizar o percurso argumentativo do texto, será necessário 1) apresentar a ausência das filósofas nos livros didáticos aprovados pelo PNLD; 2) recorrer aos conceitos de grupo social e opressão em Young; 3) articular em que medida os livros didáticos refletem uma condição estrutural de opressão.

Texto Completo: http://periodicos.uefs.br/index.php/revistaideacao/article/view/5068/4702

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