A TEIA DE RELAÇÕES HUMANAS E A FORMAÇÃO DO MUNDO COMUM: A PLURALIDADE NA FILOSOFIA POLÍTICA DE HANNAH ARENDT

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 12 n. 32 (2020): Filosofia Política e do Direito • Revista Kínesis

Autor: José Valdir Teixeira Braga Filho

Resumo:

Este trabalho consiste numa análise da relação entre a noção de teia de relações humanas e o conceito de mundo comum no pensamento de Hannah Arendt (1906–1975). O mundo comum é público em oposição ao oculto que caracteriza vida privada. Constitui-se por um espaço que existe apenas na medida em que homens se vinculam por seus discursos e ações e, desse modo, revela seus atores. Este vínculo criado pelos homens, pela via dos atos e das palavras, é denominado pela autora como Teia de relações. Ao contrapor-se às formas de dominação totalitária, nas quais indivíduos encontram-se isolados e igualmente, destituídos de discurso político, Arendt compreende que discurso e ação referem-se à mediação que os indivíduos estabelecem entre eles por meio dos seus interesses. Desse modo, constituindo uma realidade mundana objetiva.

Abstract:

This work analizes the concept of web of human relationships and concept of common world in Hannah Arendt’s thought (1906–1975). The common world is public in opposition of the occult sphere of private life. It is constituted by a space that exists only when men are connected with others by their speechs and actions, elements that reveal who are the agents. This connection created by humam actions and words its called web of relations by Arendt. In opposition of totalitarian domination (where the individual finds himself isolated and without political discourse), the philosopher understands that action and speech creates connections between men by their interests. Therefore, it constitutes an objective worldly reality.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2020.v12n32.p90-101

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/10643

Palavras-Chave: Mundo, Pluralidade, Teia de Relações Humanas

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