CATÁLISE PARA MUDANÇA SOCIAL QUALITATIVA OU EFEITO DESCIVILIZADOR? O ESTATUTO DOS MOVIMENTOS ESTUDANTIL E EXTRAPARLAMENTAR EM HERBERT MARCUSE E NORBERT ELIAS

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 11 n. 28 (2019) • Revista Kínesis

Autor: Anderson Alves Esteves

Resumo:

Análise do estatuto do movimento estudantil de acordo com Herbert Marcuse e Norbert Elias: estudantes engajados, em países centrais do capitalismo, empreenderam movimentos, durante a segunda metade do século XX, caracterizados por oposição à ordem estabelecida e desejo de transformá-la. O presente artigo aborda o tratamento que os dois autores dispensaram à questão e interroga os alcances e limites de seus diagnósticos: para o primeiro pensador, o apanágio do ativismo estudantil está na catalisação, aglutinação e mobilização de agentes da mudança social qualitativa mediante a práxis revolucionária; na Teoria Crítica do filósofo frankfurtiano, há juízo afirmativo em relação aos movimentos e negativo em relação ao status quo. Para o segundo, a característica dos movimentos extraparlamentares é pensada como parte de um surto descivilizatório que frearia, por algum tempo, o movimento de longo prazo, peculiar ao Ocidente moderno, que transforma a coerção externa em interna e edifica uma estrutura de personalidade civilizada; na Sociologia de processos do autor, há juízo negativo em relação a movimentos extraparlamentares.

Abstract:

Analysis of the statute of the student movement according to Herbert Marcuse and Norbert Elias: Engaged students in central countries of capitalism undertook movements during the second half of the twentieth century characterized by opposition to the established order and desire to transform it. The present article deals with the treatment that the two authors dispense with the question and interrogate the scope and limits of their diagnoses: for the first thinker, the apanage of student activism is in the catalyzation, agglutination and mobilization of agents of qualitative social change through revolutionary praxis; in the Critical Theory of the philosopher of Frankfurt, there is affirmative judgment in relation to the movements and negative in relation to the status quo. For the second, the characteristic of extra-parliamentary movements is thought of as part of a descivilizatory outbreak that would, for some time, slow down the long-term movement peculiar to the modern West, which transforms external coercion into internal and builds a structure of civilized personality; in the Sociology of processes of the author, there is negative judgment regarding extra-parliamentary movements.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2019.v11.n28.03.p15

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/9129

Palavras-Chave: Herbert Marcuse, Norbert Elias, Movimento estudantil, Civilização

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