FUNDAMENTOS DA LÓGICA OBJETIVA: SOBRE A RELAÇÃO ENTRE LÓGICA, ONTOLOGIA E SOCIABILIDADE BURGUESA NA LEITURA DE FILOSOFIA DO DIREITO E ENCICLOPÉDIA DAS CIÊNCIAS FILOSÓFICAS DE GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 10 n. 22 (2018) • Revista Kínesis

Autor: Sergio G. S. Portella; Gastão J. Viegas Viegas Jr.

Resumo:

A discussão entre analíticos e dialéticos impõe sua marca na delimitação do estatuto ontológico das estruturas normativas sociais. Compreendidas segundo a posição dada ao princípio de não-contradição, estas perspectivas orientam a razão reflexiva que figura descrições cuja forma normativa se mantém extrínseca à realidade, bem como a razão epistêmica que pressupõe a exegese sintático-formal aos desdobramentos ontológicos categoriais da realidade, desta, diga-se, uma normatividade intrínseca ao ente real. Na obra de Hegel, o condicionamento universal do sujeito particular percebe sua realização material segundo possibilidades subjetivas, condição da mediação econômica que configura a sociabilidade burguesa. Igualmente, denota o sistema de trocas como a estrutura de realização das necessidades individuais cuja permanência afirma a formalidade das relações, por isso, universais. Como desdobramento ontológico do conceito, a sociabilidade burguesa hegeliana reescreve o tratamento dialético ao princípio de não-contradição para, assim, se distinguir do discurso analítico como detentora do quesito de realização subjetiva da meritocracia liberal.

Abstract:

The discussion between analytical and dialectic imposes its mark on the ontological status of social normative structures´s delimitation. Understood according the principle of noncontradiction’s position, these perspectives guide the reflective reason representing descriptions whose normative form remains extrinsic to reality, as well as epistemic reason that presupposes the syntactic-formal exegesis of the categorical ontological unfoldings of reality, of this, it is said, a normativity intrinsic to the real entity. In Hegel's work, the universal conditioning of the particular subject perceives its material realization by his subjective possibilities, the condition of economic mediation that shapes bourgeois sociability. It also denotes the system of exchanges as the structure of realization of individual needs whose permanence affirms the formality of relations, therefore, universal. As an ontological unfolding of the concept, Hegelian bourgeois sociability rewrites the dialectical treatment of the principle of noncontradiction in order to distinguish itself from analytic discourse as the holder of the criterion of liberal meritocracy’s subjective realization.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2018.v10n22.19.p213

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/8073

Palavras-Chave: Hegel. Epistemologia. Filosofia do direito. Filosofia analítica. Princípio de não-contradição.

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