O INTELECTUAL E A ATITUDE CRÍTICA EM FOUCAULT: ELEMENTOS PARA REPENSAR O PAPEL DO EDUCADOR

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 6 n. 11 (2014) • Revista Kínesis

Autor: Jonas Rangel de ALMEIDA

Resumo:

O papel do intelectual ocupa lugar importante no pensamento de Foucault assumindo ao longo do seu percurso um relevo ético-político. Inicialmente Foucault entende que o aparecimento da figura do intelectual específico marca uma nova relação entre teoria e prática, tal transformação decorre de novas configurações de poder que ao modificar todo tecido social politiza o papel do intelectual a partir de sua ocupação específica, condições de vida e trabalho. Posteriormente, com a exigência de pensar uma ontologia da atualidade, Foucault passa inscrever o intelectual como elemento e ator no presente, mostrando, por meio, da analítica do poder como este atua no funcionamento do dispositivo geral de verdade em nossa sociedade. Segundo Foucault a inscrição do intelectual no regime de verdade exige uma reelaboração do seu papel, pois, o dispositivo de produção do verdadeiro procura submeter sua subjetividade fixando-o uma identidade única e imutável. Nesse sentido, para Foucault, o intelectual pode fazer uso de uma atitude crítica diante do quadro de governamentalização do Estado. A crítica não libera o intelectual do poder, mas, abre um campo de possibilidades de resistências. Para Foucault as lutas contemporâneas são batalhas pelo governo da subjetividade. A partir desse diagnóstico interpela-se senão seria o intelectual uma das figuras na qual se apoiou o sujeito da ação pedagógica e o educador nas últimas décadas. Desta maneira, fazer uso de uma atitude crítica permite o educador resistir à constituição dos estados de dominação, essa atitude diz respeito a relações de governo consigo mesmo e com os outros ligando a um só tempo o poder, a verdade e o sujeito.

Abstract:

The role of intellectual occupies an important place in Foucault's thought taking along your journey an ethical-political relief. Initially Foucault believes that the appearance of the specific intellectual figure marks a new relationship between theory and practice, such a transformation has come from new configurations of power to change the whole social fabric politicized the role of intellectuals from their specific occupation, living conditions and job. Later, with the requirement of an ontology think today, Foucault goes up as the intellectual element and actor in this showing through, the analytic of power as it acts on the run from the integral truth in our society. According to Foucault's description of the intellectual regime of truth requires a rethinking of its role as the output device of the true demand submit their subjectivity fixing it a unique and unchangeable identity. In this sense, for Foucault, the intellectual can make use of a critical attitude toward the box governmentalisation state. The criticism does not release the intellectual power, but opens up a field of possibilities of resistance. Foucault to contemporary struggles are battles by the government of subjectivity. From this diagnostic challenges-but it would be one of the intellectual figures in which it supported the subject of pedagogical action and the educator in recent decades. Thus, making use of a critical attitude allows the educator to resist the establishment of the states of  domination, this attitude with respect to government relations with oneself and with others at the same time linking the power, truth and the subject.

ISSN: 1984-8900

DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2014.v6n11.4567

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4567

Palavras-Chave: Política. Intelectual. Poder. Atitude Crítica. Educação.

Revista Kínesis

Foco e Escopo

A Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia é uma revista eletrônica acadêmica na área de Filosofia que tem por missão publicar e divulgar pesquisas de pós-graduandos e pós-graduados a partir de um criterioso processo de avaliação.

Surgiu em 2009 da iniciativa conjunta dos pós-graduandos em Filosofia do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Marília-SP.

A Revista atende exclusivamente a demanda de pesquisa e publicação de pós-graduandos e pós-graduados na área de Filosofia e suas articulações com as demais áreas do conhecimento (ciências, literatura, artes, etc); não publica trabalhos de graduandos e graduados.

Apoio Institucional

Tem apoio do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Marília-SP.

Avaliação Qualis CAPES

Na última avaliação trienal da CAPES (Quadriênio 2013-2016), a Kínesis foi avaliada com Qualis B2 em Filosofia.

Periodicidade e Fluxo de Submissão

A Kínesis publica seus números semestralmente e recebe trabalhos em fluxo contínuo, com exceção de números especiais ou dossiês que dependem de chamadas com datas específicas. Cada número terá no máximo 20 artigos. Em situações de grande número de trabalhos aprovados serão publicados os textos com data de submissão mais antiga e os demais textos serão publicados em números especiais; neste caso os autores serão comunicados. 

Submissões: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/about/submissions