Autor: THIERRY DE DUVE

Resumo:

Com a expressão “viande du monde” introduz-se um postulado que inverte o postulado “chair du monde” de Maurice Merleau-Ponty e que nega que existe “um mundo sensível comum a nós”. Traduzido em termos kantianos, este postulado invertido afirmaria que o sensus communis não existe. Isto, por sua vez, pode ser moralmente aprovado ou desaprovado. Mostra-se aqui que as consequências da sua aprovação nos levaria ao mesmo mundo sadiano que Lacan descreveu “como uma das possíveis formas do mundo governado por uma ética radical, pela ética kantiana”. Mas, teríamos lá chegado através do desvio da fenomenologia e da estética, em vez de seguir a via directa da ética.

Abstract:

With the expression viande du monde, a postulate is made that inverts Maurice MerleauPonty’s chair du monde and denies that there exists “a sensible world common to us.” Translated in Kantian terms, this inverted postulate would state that sensus communis does not exist. This, in turn, can be morally approved or disapproved. It is shown here that the consequences of its approval would lead us to the same Sadian world that Lacan has described “as one of the possible forms of the world governed by a radical ethics, by the Kantian ethics.” But we would have arrived there via the detour of phenomenology and aesthetics rather than via the straight route of ethics.

Texto Completo: https://www.publicacoesfacfil.pt/product.php?id_product=153

Palavras-Chave: chair du monde,estética,fenomenologia,Kant,La