MEMÓRIA E VOLUNTARIEDADE: A CONSCIÊNCIA NA FILOSOFIA DE HENRI BERGSON

2011, Volume 67, Fasc. 4 • Revista Portuguesa de Filosofia

Autor: Carlos Diógenes Cortês Tourinho

Resumo:

O presente artigo concentra-se em torno do pensamento de Henri Bergson (1859-1941), mais precisamente, em torno da concepção segundo a qual a consciência deve ser entendida como memória, como conservação e acumulação do passado no presente. O trabalho também procura mostrar que, para Bergson, se a consciência retém o passado e antecipa o futuro, é precisamente porque ela é chamada a efetuar, nos organismos vivos, uma escolha. Escolha essa, cuja inspiração estaria apoiada na experiência passada, naquilo que a consciência pôde conservar e acumular na memória, a partir de cada um dos instantes vividos.

Abstract:

The present paper focuses on the thought of Henri Bergson (1859-1941), more precisely on the conception that consciousness must be understood as memory, as conservation and accumulation of the past in the present. The paper also aims to show that for Bergson if consciousness retains the past and anticipates the future, it is precisely because she is called to perform, in living organisms, a choice. Such a choice depends on the past experience, or of the experience that the consciousness could conserve and accumulate in memory, from each of the moments lived.

DOI: http://doi.org/10.17990/RPF/2011_67_4_0807

Palavras-Chave: consciência,Henri Bergson,Memória,voluntaried

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