“IS THE MORAL CRITICISM OF POPULAR SONGS APPROPRIATE AT ALL?” REMARKS ON POPULAR MUSIC, ARISTOTLE AND MACINTYRE

2012, Volume 68, Fasc. 1-2 • Revista Portuguesa de Filosofia

Autor: Francisco Sasseti da Mota

Resumo:

Música e moral são muitas vezes tratadas como não tendo relação entre si. Por isso, neste ensaio procura-se argumentar que a pergunta “será a crítica moral de canções pop apropriada?” é enganadora, já que aparenta admitir legitimamente dois tipos de resposta radicalmente diferentes. O que se procura mostrar é que uma pergunta como esta só pode surgir no seio de uma cultura que perdeu os seus operadores éticos conceptuais e não possui um critério partilhado para atribuir a qualidade de bondade a coisa alguma. Ao fazê-lo, não se pretende desenvolver um argumento radicalmente novo na história da filosofia. Pelo contrário, o objectivo deste ensaio é mostrar como o aristotelismo revolucionário de Alasdair MacIntyre possui já uma resposta para a questão levantada – uma resposta exigente para a nossa cultura moderna, dado que simultaneamente denuncia a fragmentação que está na base dos nossos raciocínios morais e desafia a retomar a discussão em torno das ideias de Aristóteles do que constitui a vida boa. Espera-se oferecer uma exposição convincente de MacIntyre, de modo a desafiar o leitor a estudar mais a fundo os seus textos – e, de forma mais geral, também os de Aristóteles.

Abstract:

Music and morals are often seen as if they are not related to one another. So, in this essay I attempt to argue that the question: “Is the moral criticism of popular songs appropriate at all?” is misleading, as it seems to legitimately allow for two radically different answers. In fact, I will try to show that such a question can only emerge within a culture that has lost its ethical conceptual operators and that has no shared criteria for ascribing the quality of goodness unto anything. In doing so, I do not intend to produce a radically new argument in the history of Philosophy. On the contrary, the aim of this essay is to show how the revolutionary aristotelianism of Alasdair MacIntyre is already an answer to the question initially posed – a demanding answer for our modern culture, as it both denounces the fragmentation that grounds our ethical thinking and challenges us to resume the discussion concerning Aristotle’s idea of a life that is worth living. I hope to be able to produce a convincing exposition of his thought in a way that defies the reader to explore more thoroughly MacIntyre’s – and Aristotle’s, broadly speaking – writings.

ISSN: 0870-5283; 2183-461X

DOI: http://doi.org/10.17990/RPF/2012_68_1_0295

Texto Completo: https://www.publicacoesfacfil.pt/product.php?id_product=177

Palavras-Chave: MacIntyre,Fragmentação moral,Música pop,Unida

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