Le Cinéma et l’Idée de l’Infini. À Propos de Solaris de A. Tarkovski

2013, V.69, N.3-4 • Revista Portuguesa de Filosofia

Autor: DAVID LENGYEL

Resumo:

L’éthique est une optique, é uma expressão que pode ser lida em Totalité et infini (1961) ou Difficile liberté (1963), ambas as obras publicadas no mesmo período pelo filósofo francês Emmanuel Levinas. Muitos especialistas do seu pensamento concordam em considerar as suas ideias como uma inversão do paradigma heideggeriano, nomeadamente, a diferença ontológica, onde o privilégio é dado ao Ser sobre os seres. Por sua vez, a prática da escrita de Levinas, incluindo a nossa referência acima, é para ser lida após a sua atitude metodológica. Desse modo, poderá alguém afirmar que a visão ou óptica é “motivada” pela ética ? Tal questão conduz-nos a determinar a ética por oposição à política (num sentido sartriano), e também a desenhar um caminho para a análise do cinema que seja enquadrado pelos anti-conceitos Levinassianos. Algumas das noções-chave desta obra serão interpretadas, entre elas “l’anarchie” e “substitution”. Se  Levinas exige que repensemos os nossos modos de visão, tal exigência deve originar-se na experiência concreta. E este será o caso com o Solaris de A. Tarkovsky, de 1972.

Abstract:

Ethics as optics”, one can read in Totality and Infinity (1961) or Difficult Freedom (1963), both published in the same period by French philosopher Emmanuel Levinas. Many specialists of his work agree to consider his thinking as an inversion of the heideggerian paradigm, namely the ontological difference, where privilege is given to Being over beings. In turn, Levinas’ writing practice, including our quote above, is to be read following its methodological gesture. Thus, can one affirm that vision or optics is “motivated” by ethics ? Such a question leads us to determine ethics as opposed to politics (in a Sartrian sense), and also to draw a pathway to feature film analysis which is framed by Levinassien anti-concepts. Some of the key notions of this oeuvre would be interpreted, among them “an-archy” or “substitution”. If Levinas demands us to re-think our modes of vision, such a demand must originate in concrete experience. This will be the case with A. Tarkovsky’s Solaris, from 1972.

Texto Completo: http://rpf.pt/images/sobipro/entriesabstract/2013/3/2013_69_3_717.pdf

Palavras-Chave: cinema,Derrida, filosofia,Levinas,Tarkovsky,C

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