La Philosophie d’après le Cinéma

2013, V.69, N.3-4 • Revista Portuguesa de Filosofia

Autor: HUGO CLÉMOT

Resumo:

Pode um filme ser filosófico ? Para os filósofos analíticos esta questão dá origem àquilo que Paisley Livingston designou por “problema da paráfrase”, um dilema intratável para os adeptos da “tese audaciosa”, segundo a qual alguém pode envolver-se com a filosofia através do cinema. Este artigo defende que a prática corajosa de Stanley Cavell, de sempre procurar abordar a filosofia através do cinema, demonstra a importância de um baluarte sediado na autenticidade das análises conceptuais cinematográficas, que vieram a ser conhecidas como “ideias cinematográficas”. Destacaremos neste artigo, alguns exemplos em Jean Vigo, Nicholas Ray, Robert Bresson e nos filmes de Eric Rohmer, graças à análise penetrante de Stanley Cavell, Victor Perkins e Andrew Klevan. Concluir-se-á, que o designado problema de paráfrase está mal postulado, por causa de uma concepção tímida e reducionista sobre a análise filosófica.

Abstract:

Can a film be philosophical ? The  analytic philosophers of film agree that this question raises what Paisley Livingston calls “the problem of paraphrase”, an intractable dilemma for the adherents of the “bold thesis” according to which one can indeed engage philosophy through film. This  article maintains that the courageous practice of Stanley Cavell, one who always sought to address philosophy through film, demonstrates the significance of a bulwark of authentic cinematographic conceptual analyses that would come to be known as “cinematographic ideas”. Highlighted below are some examples in Jean Vigo’s, Nicholas Ray’s, Robert Bresson’s and Eric Rohmer’s films thanks to the penetrating analysis of Stanley Cavell, Victor Perkins and Andrew Klevan. It  follows that the so-called problem of paraphrase is ill-posed because of a reductionist and timid conception of philosophical analysis.

Texto Completo: http://rpf.pt/images/sobipro/entriesabstract/2013/3/2013_69_3_431.pdf

Palavras-Chave: cinema como filosofia,filosofia através do ci

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