Fino Alla Morte… (Fil 2, 8). Come la "Morte di Dio" Rende intellegibile Vivere la Fede

2015, V.71, N.1 • Revista Portuguesa de Filosofia

Autor: Andreas Gonçalves Lind, SJ

Resumo:

A célebre afirmação de Nietzsche acerca da morte de Deus corre, hoje em dia, o risco de se tornar num lugar comum incapaz de alcançar o seu profundo significado. No entanto, o evento anunciado pelo filósofo alemão – de um mundo e de uma cultura sem Deus – começa a ser uma realidade nas sociedades ocidentais, ditas pós-modernas. De facto, como assinala Joseph Ratzinger, as sociedades hodiernas parecem organizar-se cada vez mais como se Deus não existisse. Neste contexto, procurarei mostrar como o evento de um mundo sem Deus constitui uma oportunidade para o cristianismo ressurgir de um modo mais autêntico. Em primeiro lugar, irei analisar a afirmação nietzschiana Gott ist to” na complexidade da sua obra. De seguida, irei comparar a morte de Deus em Nietzsche com os conceitos de ateísmo cristão e de cristianismo num mundo adulto em Bonhoeffer, detectando semelhanças e contrastes entre ambos. Por fim, tentarei mostrar como a proposta bonhoefferiana se torna mais inteligível quando se procura realizar o moderno ideal de autenticidade, adoptando alguns argumentos de Charles Taylor. 

Abstract:

The well-known Nietzsche’s statement about the death of God risks, nowadays, to become a common place whose deeply sense is difficult to grasp. Nevertheless, the event the German philosopher proclaimed – that is, a world and a culture without God – starts to have place in the contemporary Western societies, called post-modern. As Joseph Ratzinger argues, the contemporary societies seem to be organized more and more as if God did not exist. In this context, I will show how this event could be an opportunity for Christianity be lived in a more authentic way. First, I will analyse Nietzsche’s affirmation Gott ist tot in the complexity of his work. Then, I will compare Nietzsche’s death of God with Bonhoeffer’s concepts of a Christian atheism and a Christianity in an adult world, highlighting similarities and differences between them. At the end, I will try to argue that the bonhoefferian proposal is more intelligible if one attempts to reach the modern ideal of authenticity, following some arguments contained in Charles Taylor’s work. 

ISSN: 0870-5283; 2183-461X

DOI: http://doi.org/10.17990/RPF/2015_71_1_0211

Texto Completo: https://www.publicacoesfacfil.pt/product.php?id_product=560

Palavras-Chave: Cristianismo sem Religião,Ideal de Autenticid

Revista Portuguesa de Filosofia

A Revista Portuguesa de Filosofia (RPF) foi fundada em 1945 por Domingos Maurício, SJ; Cassiano Abranches, SJ; Severiano Tavares, SJ e Diamantino Martins, SJ. É uma publicação trimestral da Axioma - Publicações da Faculdade de Filosofia.

A RPF, sendo de inspiração cristã, tem por missão a publicação de artigos inéditos de reconhecido mérito, aceitando textos de qualquer horizonte de pensamento, em qualquer área de filosofia, escritos nas principais línguas europeias (português, inglês, francês, alemão, espanhol e italiano). Todos os artigos são revistos inter pares (peers review), mediante o sistema de avaliação anónima (double-blind).

Os artigos publicados na RPF são indexados e referenciados pelas seguintes bases de dados e repertórios bibliográficos: The Philosophers's Index (Ohio, USA); International Philosophical Bibliography / Répertoire Bibliographique de la Philosophie (Louvain, Bélgica); Francis-Bulletin Signalétique (CNRS, INIST - França); Ulrich's International Periodicals Directory (New York, USA); Internationale Bibliographie Geistes und Sozialwissenschaftlicher Zeitschriftenliteratur (IBZ - Alemanha); Dialnet (Logroño, Espanha); JSTOR (Michigan, EUA).