La métaphysique: archéologie et téléologie

2015, V. 71, N.2-3 • Revista Portuguesa de Filosofia

Autor: Paul Gilbert, SJ

Resumo:

A metafísica aristotélica não considera o ser enquanto ser em si mesmo, mas enquanto símbolo daquilo que é simultaneamente o mais universal e o mais singular para o espírito. Platão antecipou a concepção propondo uma dialéctica ascendente, completada por uma dialéctica descendente, cuja dinâmica fora objecto de pesquisa nas suas últimas obras. A metafísica encontra-se na intersecção destas duas dialécticas, no eixo em que a primeira passa na outra. Este eixo começa a fazer sentido a partir do saber que o pensamento tem de si mesmo. A mentalidade representativa, desatenta à especificidade deste eixo, não consegue aceder à dimensão dos caminhos da razão. O eixo no coração das dialécticas clássicas é assumido pela metafísica contemporânea em termos de tempo associado com o espírito vivo em detrimento do ser conceptual. 

Abstract:

Aristotelian metaphysics does not consider being qua being in itself, but rather as a symbol of what is, for the spirit, at once the most universal and the most particular. Plato had anticipated the conception, the dynamic of which had been the object of investigation in his last works. Metaphysics finds itself at the intersection of these two dialectics, at the axis around which the first passes into the other. The axis takes its sense from the knowledge that thought has of itself. The mentality, based on representation, inattentive to the specificity of this axis, does not have access to the amplitude of the paths that reason can take. The axis at the heart of classic dialectics is taken up by contemporary metaphysics in terms of time associated with the living spirit rather than as conceptual being. 

ISSN: 0870-5283; 2183-461X

DOI: http://doi.org/10.17990/RPF/2015_71_2_0355

Texto Completo: https://www.publicacoesfacfil.pt/product.php?id_product=785

Palavras-Chave: arché,dialética,metafísica,pensar o pensament

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