Da arqueologia às redes: jamais fomos modernos?

v. 44 n. 2 (2021) • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Monica Loyola Stival

Resumo:

A noção de “rede” de Bruno Latour permite abrir uma perspectiva metodológica capaz de ultrapassar os limites da arqueologia de Michel Foucault. Para indicar o quadro conceitual em que a noção de arqueologia se instala, este artigo desenvolve uma discussão sobre a ciência moderna segundo a arqueologia de Foucault e segundo a posição de Gérard Lebrun, exposta em contraposição a Husserl (Krisis). A partir da questão principal que os une, malgrado diferenças importantes, a saber, o diagnóstico da dispersão das ciências positivas no início da modernidade - como início da modernidade -, será possível sugerir o interesse da noção latouriana de rede. E isso, mesmo mostrando que seu interesse implica exatamente o avesso do que insiste em sustentar Latour, o avesso da tese de que jamais fomos modernos.

Abstract:

Bruno Latour’s notion of “network” allows us to open a methodological perspective, which can go beyond the limits of Michel Foucault’s archeology. To indicate the conceptual framework in which the notion of archeology is installed, this article develops a discussion of modern science according to Foucault’s archeology and the position of Gérard Lebrun, as opposed to Husserl (Krisis). From the main question that unites them in spite of important differences, namely the diagnosis of the dispersion of the positive sciences in the beginning of modernity - as the beginning of modernity -, it will be possible to suggest the interest of the Latourian notion of network. And this, even showing that his interest implies exactly the reverse of what Latour insists on sustaining, the reverse of the thesis that we have never been modern.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2021.v44n2.19.p255

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/trans/a/BqXDvn5G4TG8gjqk5yGkCGs/?lang=pt&format=html

Palavras-Chave: Arqueologia; Redes; Foucault; Latour; Modernos

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