Nietzsche e Brandes: a memória de um radicalismo aristocrático

v. 45 n. 2 (2022) • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Adilson Felicio Feiler

Resumo:

O pensamento de Nietzsche é recepcionado na Escandinávia, através do historiador dinamarquês Georg Brandes. O historiador é atraído pelo aspecto aristocrático, o qual se depreende da leitura que Nietzsche realiza sobre a cultura. A radicalidade, a originalidade e a minuciosidade psicológica, que se reconhece no espírito filosófico do pensador alemão, permeiam a leitura que Brandes faz do autor de Zaratustra. O próprio Nietzsche dá testemunho do quanto seu nome, graças a Brandes, passa a ser conhecido na Dinamarca, em suas diversas cartas e outros escritos, atestando, inclusive, um correto entendimento de seu pensamento. Esta proposta tem o intuito de averiguar o papel que a memória, em seu sentido aristocrático, tem a contribuir na recepção nietzschiana, efetuada por Brandes. Em que medida a mnemotécnica pode apontar caminhos para uma cultura aristocrática, no contexto da Dinamarca de Brandes?

Abstract:

Nietzsche’s thought is received in Scandinavia through the Danish historian Georg Brandes. The historian is attracted by the aristocratic aspect that emerges from Nietzsche’s reading of culture. Radicality, originality and psychological detail, which can be seen in the philosophical spirit of the German thinker, permeate Brandes’ reading of the author of Zarathustra. Nietzsche himself testifies to how much his name, thanks to Brandes, comes to be known in Denmark in several of his letters and other writings, even attesting to a correct understanding of his thinking. Our proposal is intended to ascertain the role that memory, in its aristocratic sense, has to contribute to Brandes’ Nietzschean reception. To what extent can mnemotechnics point the way to an aristocratic culture for the Denmark’s context of Brandes?

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p13

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/trans/a/rg3fmtDBbfTY3XTktbydcNz/?lang=pt

Palavras-Chave: Nietzsche; Brandes; Memória; Cultura; Aristocracia

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