James Scott e a origem agrária do estado: um rousseauismo inconfesso

vol. 45, n.3 (2022) • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Mauro Dela Bandera

Resumo:

Resumo: A narrativa de Rousseau sobre a origem do Estado foi retomada nos últimos séculos por diversas tradições, fazendo-se notar no seio do iluminismo escocês e nos trabalhos de Engels. James Scott, em seu recente livro Contra o grão, de 2017, ecoa algumas teses de Rousseau. Dentre tantos pontos de convergência, três se destacam e serão analisados no decorrer deste artigo: i) de um lado, a variedade dos modos de ser e de se relacionar com a natureza dos povos sem Estado, a idade de ouro dos bárbaros; de outro, a estratificação dos povos sob o Estado, o empobrecimento dos agricultores cerealistas; ii) as condições ecológicas raras e especialíssimas favoráveis à emergência do aparelho estatal, em oposição às dificuldades de se formar o Estado, em regiões de abundância naturais, donde se faz necessário estabelecer a hipótese de mudanças climáticas que alteram as condições de existência; iii) e, por fim, a importância dos grãos para o processo civilizatório, isto é, a afinidade entre economia agrária de cereais e Estado.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n3.p207

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/issue/view/723

Palavras-Chave: Palavras-chave: James Scott. Rousseau. Grãos. Estado

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