Repensando as interações humano-IA a partir da mantenabilidade: um quarto critério para os critérios de Glue and Trust na tese da mente estendida
vol. 48, n. 6 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp
Autor: Deivide Garcia da Silva Oliveira
Resumo:
Este artigo explora as implicações da Hipótese da Mente Estendida (ExM), conforme introduzida por Andy Clark e David Chalmers, em 1998. Com foco na integração cognitiva e nos critérios Trust and Glue, temos dois objetivos. Primeiro, examinam-se como a ExM reformula as perspectivas sobre a interação humano-IA, especialmente ao desafiar o Modelo Padrão de IA. Argumenta-se que a IA, como um agente ativo não orgânico, influencia significativamente os processos cognitivos além das expectativas iniciais. Em segundo lugar, propõe-se a mantenabilidade como um quarto critério nos critérios Trust and Glue da ExM, além da fidedignidade, confiabilidade e acessibilidade. Essa adição visa a avaliar a paridade em sistemas acoplados de maneira abrangente, abordando preocupações sobre o controle nas interações humano-IA. Destacam-se os riscos decorrentes da profunda compreensão da IA sobre a psicologia humana, os quais podem levar a mudanças involuntárias em nossos objetivos e escolhas. A análise conclui que a mantenabilidade atua como uma salvaguarda essencial contra os desafios emergentes da integração humano-IA.
ISSN: 1980-539X
DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2025.v48.n6.e025061
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/17001
Palavras-Chave: Hipótese da mente estendida, Tecnologias disruptivas, Problema de controle da IA

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