Desejo e pulsão em Psicose, de Hitchcock

Viso · Cadernos de estética aplicada N° 12 • Viso: Cadernos de Estética Aplicada

Autor: Fernando Ribeiro

Resumo:

Dialogando com as análises de Zizek acerca de Psicose, de Hitchcock, esse artigo põe em relevo três momentos do filme claramente delimitáveis quanto a forma e o conteúdo. A primeira parte, “neurótica”, na qual os personagens giram em torno do objeto perdido de desejo; a segunda, “psicótica”, na qual a perspectiva assumida é a do silêncio “excessivo” da pulsão; a terceira parte, “analítica”, onde três concepções da interpretação são erigidas: a do senso comum, a do analista como “mestre da significação”, e por último, mas não menos importante, a da “clínica do real”, quando o próprio espectador é interpelado pela pulsão de morte.

Abstract:

In dialogue with the zizekian analysis of Hitchcock´s Psycho, this paper puts in relief three moments of the film clearly distinguishable by its form and content. The first part, “neurotic”, in which the characters revolve around the lost object of desire; the second, “psychotic”, where the perspective taken is that of the “excessive” silence of the drive; the third one, the “analytic” part, where three conceptions of interpretation are built: that of the common sense , that of the analyst like “master of signification”, and last but not least, that of “real´s clinic”, when the spectator himself is interpellated by the death drive.

Texto Completo: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp?sArti=116

Palavras-Chave: Hitchcock, Lacan, Zizek , psicanálise , pulsã

Viso: Cadernos de Estética Aplicada

viso s.m. 1 modo de apresentar-se, aparência, aspecto, fisionomia 2 sinal ou resquício que deixa entrever algo; vestígio, vislumbre 3 recordação vaga; reminiscência 4 modo de ver, opinião, parecer 5 o cume de uma elevação, monte ou montanha 6 pequena colina, monte, outeiro 7 obsl. o órgão da visão, a vista. ETIM lat. visum ‘visão, imagem, espetáculo’.