O livro da alma

Viso · Cadernos de estética aplicada N° 19 • Viso: Cadernos de Estética Aplicada

Autor: Olliver Tolle

Resumo:

Trata-se de compreender os pressupostos da filosofia concreta pretendida por Johann Gottfried Herder (1744-1803) em uma série de textos redigidos durante as décadas de 1760-70. Se, por um lado, Herder demonstra afinidade com a mesma harmonia preestabelecida que está na base de leibnizianos como Gottsched e Baumgarten, por outro, ele aprofunda a discussão sobre a origem do conhecimento humano ao reduzir a importância de juízos de valor universal e acentuar a necessidade de uma aproximação constante das sensações que se agitam obscuramente no fundo da alma. Disso resulta uma concepção inusitada de sabedoria, a qual depende de uma renúncia à posse confortável de conhecimentos abstratos e da aceitação da natureza cambiante e apenas parcialmente perscrutável daquilo que nos move. Se com isso perde-se a certeza, abre-se em contrapartida uma dimensão essencialmente ativa e sensível de realização no mundo.

Abstract:

The objective of this articles is to understand the assumptions of the intended concrete philosophy by Johann Gottfried Herder (1744-1803) in a series of texts written during the decades of 1760-70. If, on the one hand, Herder demonstrates affinity with the same preestablished harmony present in Gottsched and Baumgarten, on the other, it deepens the discussion of the origin of human knowledge while he decreases the importance of universal value judgments and emphasizes need for constant approximation of the feelings that stir obscurely in the depths of the soul. This results in an unusual concept of wisdom, which depends on a renunciation of comfortable possession of abstract knowledge and an acceptance of the changing nature of what drives us, that can be only partially investigated. If it loses the certainty, it opens still an essentially active and sensitive dimension of achievement in the world.

Texto Completo: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp?sArti=196

Palavras-Chave: psicologia empírica , estética , epistemologi

Viso: Cadernos de Estética Aplicada

viso s.m. 1 modo de apresentar-se, aparência, aspecto, fisionomia 2 sinal ou resquício que deixa entrever algo; vestígio, vislumbre 3 recordação vaga; reminiscência 4 modo de ver, opinião, parecer 5 o cume de uma elevação, monte ou montanha 6 pequena colina, monte, outeiro 7 obsl. o órgão da visão, a vista. ETIM lat. visum ‘visão, imagem, espetáculo’.