Benjamin e a obra de arte antiestética

Viso · Cadernos de estética aplicada N° 21 • Viso: Cadernos de Estética Aplicada

Autor: Ulisses Vaccari

Resumo:

O presente artigo procura mostrar a gênese da crítica de Benjamin ao movimento da arte pela arte, que surge no século XIX como forma de oposição e protesto à tecnicização da arte implementada pela fotografia e o cinema. Para isso, o artigo analisa textos tais como A obra de arte nos tempos de sua reprodutibilidade técnicaO autor como produtor, nos quais Benjamin defende que a arte, buscando combater a estetização da cultura realizada pelo fascismo, deve incorporar as técnicas de reprodução e não evitá-las. Ao fazê-lo, a arte mantém claro o limite entre arte e ilusão, tal como no teatro épico de Brecht, modelo supremo de toda arte no século XX.

Abstract:

This paper is designed to show Benjamin's critique of the movement of art through art, originating in the nineteenth century as a form of opposition and protest to the technicization of art implemented by photography and cinema. For this, the article analyzes texts such as The work of art in times of its technical reproducibility and The author as producer, in which Benjamin argues that art, seeking to combat the aestheticization of culture carried out by fascism, must incorporate the techniques of reproduction and do not avoid them. In doing so, art keeps the boundary between art and illusion clear, as in Brecht's epic theater, supreme model of all art in the twentieth century.

Texto Completo: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp?sArti=235

Palavras-Chave: estetização da política , vanguarda , técnica

Viso: Cadernos de Estética Aplicada

viso s.m. 1 modo de apresentar-se, aparência, aspecto, fisionomia 2 sinal ou resquício que deixa entrever algo; vestígio, vislumbre 3 recordação vaga; reminiscência 4 modo de ver, opinião, parecer 5 o cume de uma elevação, monte ou montanha 6 pequena colina, monte, outeiro 7 obsl. o órgão da visão, a vista. ETIM lat. visum ‘visão, imagem, espetáculo’.