Ficção como fruto da falta de fundamento: a fenomenologia especulativa de Vilém Flusser

Viso · Cadernos de estética aplicada N° 23 • Viso: Cadernos de Estética Aplicada

Autor: Rachel Cecilia de Oliveira

Resumo:

Vilém Flusser adota, desde suas primeiras obras, a fenomenologia como método filosófico de trabalho. No entanto, o adjetivo que complementa o termo fenomenologia no título do artigo aponta para a particularidade desse método. Ele é constituído na contramão do fundamento kantiano que permanece na base da fenomenologia de Edmund Husserl, visto que ele pressupõe a ficção como produtora de fundamento para a existência humana. Neste texto, mostrarei o que o filósofo entende por fenomenologia e como ele a aplica em seu projeto de reformulação da relação cartesiana entre ser humano e mundo.

Abstract:

Vilém Flusser embraces, from his first works, the phenomenology as his philosophical method of work. However, the adjective that complements the term phenomenology in the title of the article points to the particularity of his method. It is built against the Kantian foundation that remains at the basis of Edmund Husserl’s phenomenology, since he uses fiction as the foundation for human existence. In this text, I will show what the philosopher understands by phenomenology and how he applies it in his project of reformulating the Cartesian relation between the human being and the world.

Texto Completo: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp?sArti=259

Palavras-Chave: ficção , fenomenologia , falta de fundamento,

Viso: Cadernos de Estética Aplicada

viso s.m. 1 modo de apresentar-se, aparência, aspecto, fisionomia 2 sinal ou resquício que deixa entrever algo; vestígio, vislumbre 3 recordação vaga; reminiscência 4 modo de ver, opinião, parecer 5 o cume de uma elevação, monte ou montanha 6 pequena colina, monte, outeiro 7 obsl. o órgão da visão, a vista. ETIM lat. visum ‘visão, imagem, espetáculo’.