O IRRACIONALISMO NA TEORIA DO CONHECIMENTO DE SCHOPENHAUER E NA EPISTEMOLOGIA DE PAUL FEYERABEND

V. 7, N. 1 (2016) • Voluntas: Revista Internacional de Filosofia

Autor: Antunes Ferreira da Silva, Thalyta de Paula Pereira Lima

Resumo:

Este artigo pretende analisar a origem do irracionalismo presente na teoria do conhecimento de Schopenhauer e a epistemologia de Paul Feyerabend. Por um lado, Schopenhauer, atacando diretamente a filosofia hegeliana, defende que, por ser uma atividade secunda ria, não é possível a racionalidade humana conceber, entender ou explicar o real, por ser constituí do de algo que, ao menos abstratamente sob a forma de conceitos, não pode ser abstraído, mas tão somente intuído. Ele defende uma espécie de conhecimento espontâneo e, com isto, demonstra o quanto inócua é a tentativa racional de estabelecer caminhos ou métodos que o possibilitem. Por outro lado, Feyerabend postula que as grandes descobertas científicas, por surgirem na história e levando em consideração o contexto cultural de cada povo, na o foram provocadas, em sua maioria, pela observância de me todos rigorosos e definidos aprioristicamente, mas especialmente descobertos para dado campo de estudo. Sendo assim, não seria possível estabelecer me todos universais e absolutos que possam conduzir a racionalidade humana ao conhecimento do real. E quando tal acontece, estes nada mais seriam do que imposição es que objetivam muito mais a manutenção das relações de poder do que a verdadeira busca do real. Ora, embora surgidas em meios e contextos diferentes, ambos chegam a conclusa o de que a razão e secundaria e que, portanto, não se pode confiar nela para o progresso do conhecimento.

Texto Completo: https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/33765

Palavras-Chave: Razão, Vontade, Método, Irracionalismo

Voluntas: Revista Internacional de Filosofia

A Voluntas: Revista Internacional de Filosofia (Qualis/CAPES B1) é um periódico do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria e da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft. Tem como objetivo central publicar trabalhos em formato de artigos originais, resenhas, traduções e entrevistas da área de Filosofia, em vista de promover interlocuções entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Até o ano de 2018 o periódico possui periodicidade semestral e publica números exclusivamente voltados para a filosofia schopenhaueriana. A partir de 2019, com periodicidade quadrimestral (três números por ano), cada número passará a ser dividido em duas partes: (i) uma Seção intitulada Estudos Schopenhauerianos, que funciona em fluxo contínuo e que dá continuidade ao perfil original do periódico; (ii) um Dossiê sobre variados temas, que compreendem a área da Filosofia, intercalados de acordo com as três linhas de pesquisa do PPGF da UFSM, quais sejam, (1) Ética normativa, metaética e ética aplicada, (2) Linguagem, realidade e conhecimento, e (3) Fenomenologia e compreensão. Além disso, a revista publicará, eventualmente, números especiais.